Arrasta uma cadeira e senta pra gente prosear...

O Ana Maria Pantaneira vai tratar dos assuntos do cotidiano de Mato Grosso do Sul.

O melhor do mundo está aqui, o Pantanal.Vem pra cá conhecer essa terra sem igual, aqui temos o que você procurar, oferecemos uma terra fértil para plantar, temos homens e mulheres simples do campo que gentilmente lhe chama para um bom churrasco e na sombra da mangueira se refrescar, grandes rios que na época certa você pode pescar, gado leiteiro, gado de corte, uma roça farta para você se deliciar, turismo também para você não vai faltar: Pantanal, Bonito, Bodoquena, Aquidauana, Jardim, Miranda, Coxim, Rio Verde, Rio Negro, Corumbá e Campo Grande a nossa linda capital, tem tanta coisa que aqui não dá para enumerar só você vindo pra cá. A música daqui é sensacional:Almir Sater, Grupo Acaba, Delinha, Marlon Maciel, Michel Teló, Luan Santana, Nei Matogrosso, Lenilde Ramos, Guilherme Rondon, são tantos.
Para lhe contar mais, venha nos visitar, arrasta uma cadeira e vamos prosear!

O nome Ana Maria Pantaneira é uma homenagem ao estado de Mato Grosso do Sul, o meu estado. Esta é a minha terra, aqui é o meu lugar!!!



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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Lendas do Pantanal



O Pé de Garrafa
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O pantanal sul sempre foi um enorme “celeiro” de vida vegetal ou animal, onde existe uma integração entre o homem pantaneiro e a natureza, essa integração vai além do compreensível para muita gente, chega a ser uma simbiose, uma parceria que acontece a séculos. Todas as grandes agressões vem de fora, sempre motivados por interesse financeiro.
O pantaneiro criou uma entidade que é a protetora das matas e dos bichos:- O Pé de garrafa. Contam que essa estória aconteceu lá no Paiaguás, no mais distante dos pantanais, bem no contraforte da serra do Amolar. Foi assim:-
As piúvas já tinham perdido as flores, e as primeiras chuvas anunciavam a primavera no pantanal, nesse tempo chega uma expedição liderada por um gringo, inglês de 28, 30 anos, da nobreza, de sangue azul diziam. Homem alto, forte e decidido, caçador contumaz e colecionador de couros e cabeças de suas caças. Diziam que havia caçado no mundo inteiro: Leões, leopardos e elefantes na áfrica, tigres na Índia e Sibéria, ursos no Canadá e Alaska, leões da montanha nos Estados Unidos e agora queria o couro do mais poderoso felino: nossa onça pintada. Sempre existiu um estigma em relação as pintadas:- Predador altamente eficiente, que se mantém longe do homem, não por medo mas por conveniência. Não são poucos os casos reais de morte por ataque de onças pintadas, por isso acabaram se tornando um dos poucos animais ao qual o homem pantaneiro não protegia, além de ser uma prova inconteste de virilidade matar uma pintada.
Pois esse gringo chegou com muito dinheiro e disposto a caçar o maior numero possível de animais. Em pouco tempo apareceram mateiros dispostos a guiar o gringo em suas matanças. Ele escolheu uns 10 mateiros e foram a caça. Corria a década de 1950 e a caça era farta, muito farta:- onças de 180, 200 kg, antas enormes de 250 kg, capivaras, cervos, veados; tudo que passava na mira daquele gringo era abatido friamente, desnecessariamente:- tirava o couro e a cabeça e se jogava a carcaça fora. Era acompanhado de taxidermistas, especialistas em empalhar, iam separando os melhores exemplares e descartando os mais feios ou inapropriados para a “arte” do empalhamento. Fêmeas com filhotes eram abatidas e seus filhotes serviam como alvo para exibições dos caçadores. Foi uma carnificina, mas o gringo não estava satisfeito, queria mais, queria uma mítica onça maço chamado de Gigante pelos pantaneiros, que seria maior que qualquer leão jamais abatido, e enquanto não achavam aquela onça ele seguia matando tudo que via.
Alguns dias depois, e muitos animais mortos, o gringo vê perto do acampamento uma anta enorme, como não largava seu rifle fez mira e atirou, a anta deu um pulo e abriu carreira, o gringo inconformado em não ter matado a anta no primeiro tiro saiu atrás dela dando a volta na baia onde acampavam, do outro lado havia uma grande croa de mata alta para onde o bicho havia corrido. Entrou na mata de arma em punho para finalizar o que havia começado, era um homem valente, sanguinário mas muito corajoso e exímio atirador. A trilha da anta dava a volta em um grande óleo pardo, quando o gringo passou a arvore veio o ataque: Um animal monstruoso de uns 3 metros ou mais, cinza e peludo, um buraco em vez de umbigo, com garras enormes em lugar de mãos, dando um grito horrendo partiu para cima do gringo que sem exitar atirou uma, duas três vezes e nada o animal nem sentiu e veio a pancada do bicho que jogou o gringo longe, o rifle arrebentado, o gringo estropiado conseguiu se esconder atrás do óleo pardo e se defender dos ataques daquele bicho que arrancava pedaços da arvore tentando atingi-lo. O medo tomou conta dele e começou a gritar desesperadamente sendo escutado ao longe. Todos correram para acudir e quando chegaram não encontram bicho nenhum, só os sinais de uma grande peleia, rastros fundos como se fossem feitos por uma garrafa, de bicho grande, pesado e só, da anta nem rastro. O gringo esta machucado mas nada grave, o que realmente assustou aqueles homens não foi o sangue do gringo que na verdade era vermelho como do mais comum dos homens, mas foi que o gringo estava com os cabelos brancos da cor de uma garça. Aquele homem que minutos antes um vigoroso caçador agora era um velho apavorado que implorava ir embora dali com a máxima urgência. Um novo urro ecoou na mata e todos fugiram dali aterrorizados, abandonaram o acampamento com tudo que tinha lá, e empreenderam fuga para o rio, para os barcos e se puseram a salvo o mais urgente possível.
Contam por ai que nem o gringo e nem nenhum daqueles homens jamais caçou novamente. Á sim, os cabelos do gringo ficaram brancos para sempre.

Claudio M C Costa
A foto é real, o caçador retratado é Sasha Siemel, considerado o maior caçador de todos os tempos, em todo o mundo. Atrás de Sasha um couro de uma onça que é maior que qualquer leão, animal de mais de 250 kg. Tem um site dele indicado abaixo
http://www.sashasiemel.com/

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